sexta-feira, 4 de julho de 2008

Dividindo para Unir - Parte I


                              A ignorância pode, muitas vezes, ser uma bênção, pois é viável e conveniente que sejamos bons e espontâneos. Mas quando a ignorância se torna um problema, é motivo de estagnação evolutiva. Nesse caso, o ignorante demonstra sérios sintomas, o qual o principal é negar que desconhece alguma coisa. Se você percebe que a Hubris gloriosa (ou seja, "orgulho") começa a devorar sua alma, cuidado! Pode ser que a sua ignorância seja, de fato, uma burrice, e não uma pureza de coração. Pode ser que você precise rever seus conceitos (ou apenas ser mais humilde, sábio e puro).
                              É nesse sentido que venho propor uma série de postagens no blog, com o objetivo de restaurar a pureza original, transformando nossa "ignorância-burra" em "ignorância-pura", posto que a natureza (a sabedoria) de ambas é a mesma, mas que variam em grau. Considero que toda ignorância-pura seja Una, perfeita e espontânea, ao passo que a ignorância-burra divide, analisa, esmiúça e desnorteia. O primeiro passo para quem quer ser puro, é reconhecer-se burro e deixar-se ser puro. Mas para isso, há muito o que ser dito. É exatamente por isso que a série se chama "dividir para unir", porque considero que, por meio de palavras, muita coisa será dita, dividida, destrinchada, considerada, desconsiderada e, enfim, "digerida". Vamos usar o instrumento da perdição, da separação e da retórica argumentativa para restaurar nossa união, gerando luz e pureza. Porém, isso vai exigir muita maturidade e sabedoria.
                              Que tal pregar uma peça? Vamos usar a mente contra ela mesma?!? O instrumento analítico não pode ser usado também para unir, para reconciliar? Sim! A mente é uma página em branco... Não vamos amassá-lo, mas sim fazer um "origami". E é exatamente isso que vamos fazer: usar a burrice para chegar à pureza, pois não há ninguém que esteja numa poça de lama que não se suje para atravessá-la e alcançar a outra margem. Enquanto negarmos a burrice, continuaremos atolados. Porém, enquanto não acreditarmos que somos luz, nunca chegaremos à outra margem.



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"Êpa! Que conversa é essa? Ele está me enganando. Não há margem. Não há lama. Só há o Aqui, só há o Agora... fique Aqui!".



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(E eis que a ignorância-burra começa a funcionar, e a pensar, e a dividir... Calma! Vigia! Sublima!)



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"Que poça? Que margem? O que é verdade? O que é ilusão? É necessário chegar à margem? E se a margem não existir? É necessário sair da lama? E se a lama não existir?"

Calma! Calma, mente... Quem tem pressa, tropeça. Tudo tem seu devido tempo.



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"Tempo? Que tempo?"
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HAhAHAhahaHehaheui! Essa mente me mata! Então? Vamos começar?

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi zé feiura! AQUI É SEU IRMÃO MAIS BUNITO! tem uma palavra nesse texto escrita faltando uma silaba "divida" dividida!
abraço
Juca 51

Anônimo disse...

necessario verificar:)