sábado, 6 de dezembro de 2008

Vida Familiar - Parte II

"Eu Sou YHVH, teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses diante de mim. (...)
Eu Sou YHVH, teu Deus. Sou um Deus zeloso, que vinga a iniqüidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam, mas que usa de misericórdia até a milésima geração daqueles que me amam e guardam meus mandamentos." (Êxodo 20, 3-6)



1º) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS.

                             Amar a Deus sobre todas as coisas, amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e com todo o espírito. Se a pessoa não leva Deus dentro de si, então ela dificilmente irá conseguir levar Deus para dentro da família. E se a família não tem Deus como a base de sua harmonia, nada dentro dela irá ter equilíbrio. A família precisa ter Deus para ser uma família santa. Precisa amar a Deus para ser uma família iluminada. Precisa receber Deus dentro de si, para se tornar uma família justa, equilibrada. Se Deus é o fundamento de tudo, então só Deus pode ser o fundamento da família. A família que não encontra Deus, rapidamente manifesta o caos e manifesta as inúmeras ilusões desagregadoras que conhecemos (para não precisar usar o termo "diabólico").
                             Deus é a Presença que cria a ordem, o cosmos, o equilíbrio, que manifesta a eterna Criação. Se a família não é o berço da Presença de Deus, então nela não há ordem, pois onde Deus, que é Mente infinita e cósmica, ordenadora, não está presente, aí reina o caos (Êxodo 20, 5). E o caos é ilusão, pois Deus é Onipresente e está em todos os lugares. Onde Deus não está? Ahá! Mas não fique tão despreocupado. Deus é onipresente e está em todos os lugares. Mas e nós? Estamos em todos os lugares? Nós somos onipresentes? Portanto, Deus se faz ausente quando nós nos fazemos ausentes. Deus está sempre presente em todos, mas se a família (que não é onipresente) não se esforçar para entrar e permanecer na Presença de Deus, ela própria se exclui. Não nos iludamos, portanto. Eis que devemos buscar a sintonia espiritual com Deus. Se Ele está Aqui, presente, então por que não ouvi-lo? Por que não recebê-lo? Por que não aceitá-lo?
                             Ao nos legar o primeiro mandamento, Deus nos promete que a família que O amar será eternamente abençoada, através das milhares de gerações de filhos, netos e bisnetos... E adverte que a família que semeia a iniqüidade plantará a iniqüidade, não só para si, mas para todas as futuras gerações daquela família. Esse rastro de ilusões que se perpetuam é um laço atado que só pode ser rompido pela Presença de Deus. A família precisa amar a Deus e aceitá-Lo como sua base fundadora. Deus quer ser acolhido na família. E o mistério cristão do Natal é um vislumbre de todo o encanto e toda a influência espiritual que a família tem na vida das pessoas. O Verbo Encarnado quis ser acolhido no seio de uma família humana, para crescer em Estatura (corpo), em Sabedoria (alma/mente), e em Graça (espírito), manifestando-se ao mundo como a Luz que dissipa as Trevas. Nesse mistério, Deus nos demonstra que, apenas no seio de um ambiente familiar, a pessoa pode crescer adequadamente em Estatura, Sabedoria e Graça (Lc 2, 52), a ponto de se tornar Luz para a vida de seus próximos. O crescimento integral do homem se dá em ambiente familiar. Corpo, Alma e Espírito evoluem com o apoio e o amor que os membros de uma família dão uns aos outros, reflexo do acolhimento do Amor de Deus em seu meio. Deus é Amor e só é capaz de Amar aqueles que recebem e acolhem Deus dentro de si mesmos.
                             A advertência bíblica às famílias que rejeitam Deus é conseqüência lógica da Onipresença Divina: Onde Deus se faz presente, aí reina a alegria e a harmonia. Onde Deus não é aceito, aí só há ilusões, aí reinará o caos. Portanto, o primeiro passo para harmonizar a nossa Família com a Vida de Deus é receber-Lo com todo nosso corpo, com toda nossa alma e com todo nosso espírito. Amar a Deus é a chave.


(Continua...)


.

Nenhum comentário: