segunda-feira, 12 de abril de 2010

Não ser deste mundo
(a volta de Jesus Cristo).


                             O que é o mundo, e o que é o imundo? O que os outros chamam de mundo, nós chamamos de imundo, pois nosso verdadeiro mundo é o Reino de Deus. Por isso, o cristão deve ser o Cristo. Ele não deve pertencer a este mundo, mas a ele deve voltar, e nele deve estar. Não ser deste mundo (imundo), mesmo estando neste mundo, é concretizar a volta do Cristo e viver a revelação do apocalipse. No entanto, a volta pessoal de Jesus Cristo em nós não anula uma escatologia apocalíptica, mas complementa o sentido da perspectiva de haver um tempo futuro, em prol do trabalho de aperfeiçoamento do tempo presente. Então é aqui que tudo acontece, no "Aqui-Agora".

                             Mas isso não significa que o Reino não virá definitivamente para todos. O Reino de Deus virá quando sabermos realizá-lo agora, no nosso dia a dia. Quando todos fizerem o Reino de Deus voltar dentro de si, então a escatologia acontecerá definitivamente. O apocalipse acontecerá, a grande revelação acontecerá, e então teremos plena consciência de que o Cristo voltou (que ele veio voltando desde sua ressurreição e finalmente todos agora têm consciência disso). O fim do mundo, em última análise, é o fim deste mundo (o que chamamos de imundo), mas é a ascensão do verdadeiro mundo (que chamamos de Reino de Deus). O mundo e este mundo são mundos diferentes. O mundo é algo bom, é o Reino de Deus. Este mundo é aquele que deverá passar, é o imundo, aquele que um dia terá seu fim.

                             Em sentido pessoal, podemos pensar também no fim do mundo como a experiência da morte de cada um, já que, por meio da morte, vivemos uma mudança de plano. Deixamos naturalmente este mundo e ressuscitamos no mundo espiritual, no Reino de Deus. E o que há depois da morte? "Depois da morte, não há resposta plausível". Só vivendo essa experiência para poder saber. O que temos que ter em mente é a missão de transformar este mundo no verdadeiro mundo espiritual que existe do outro lado, aproximando, cada dia mais, essas realidades a fim de fundir novamente aquilo que foi feito em Unidade pelo Criador. Não devem existir esse dois mundos, e a promessa do retorno do Cristo é a prova do desejo divino de restaurar a Unidade perdida, de que todos (vivos ou mortos) venham a viver em um único mundo, um único Reino. Veja este vídeo para complementar o sentido deste texto:




(Pe. Fábio de Melo, programa "Direção Espiritual" da emissora "Canção Nova")







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