sexta-feira, 1 de abril de 2011

Catecismo - Parte V


PRIMEIRA PARTE - SEGUNDA SEÇÃO
A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
OS SÍMBOLOS DA FÉ
- PARÁGRAFO 2 - O PAI



I. "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"


                              232) Os cristãos são batizados "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). Antes disso, eles respondem "Creio" à tríplice pergunta que os manda confessar sua fé no Pai, no Filho e no Espírito: "Fides omnium christianorum in Trinitate consistit" (A fé de todos os cristãos consiste na Trindade).

                              233) Os cristãos são batizados "em nome" do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e não "nos nomes" destes três, pois só existe um Deus, o Pai Todo-Poderoso, seu Filho Único e o Espírito Santo: a Santíssima Trindade.

                              234) O mistério da Santíssima é, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, sendo a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na "hierarquia das verdades de fé". "Toda a história da salvação não é senão a história da via e dos meios pelos quais o Deus verdadeiro e Único, Pai, Filho e Espírito Santo, se revela, reconcilia Consigo e une a Si os homens que se afastam do pecado."

                              235) Neste parágrafo se exporá brevemente de que modo é revelado o mistério da Santíssima Trindade (I), de que maneira a Igreja formulou a doutrina da fé sobre este mistério (II), e, finalmente, de que modo, mediante as missões divinas do Filho e do Espírito Santo, Deus Pai realiza seu "desígnio benevolente" de criação, de redenção e de santificação (III).

                              236) Os Padres da Igreja distinguem entre a "Theologia" (Teologia) e a "Oikonomia" (Economia), designando com o primeiro termo o mistério da vida íntima do Deus-Trindade e com o segundo todas as obras de Deus por meio das quais ele se revela e comunica sua vida. É mediante a "Oikonomia" que nos é revelada a "Theologia"; mas, inversamente, é a "Theologia" que ilumina toda a "Oikonomia". As obras de Deus revelam quem Ele é em Si mesmo e, inversamente, o mistério de Seu Ser íntimo ilumina a compreensão de todas as suas obras. Acontece o mesmo, analogicamente, entre as pessoas humanas. A pessoa mostra-se em seu agir e, quanto melhor conhecermos uma pessoa, tanto melhor compreenderemos seu agir.

                              237) A Trindade é um mistério de fé no sentido estrito, um do “mistérios escondidos em Deus que não podem ser conhecidos se não forem revelados do alto". Sem dúvida, Deus deixou vestígios de Seu Ser trinitário em Sua obra de Criação e em Sua Revelação ao longo do Antigo Testamento. Mas a intimidade de Seu Ser como Santíssima Trindade constitui um mistério inacessível à pura razão e até mesmo à fé de Israel antes da Encarnação do Filho de Deus e da missão do Espírito Santo.


II. A revelação de Deus como Trindade

O PAI REVELADO PELO FILHO


                              238) A invocação de Deus como "Pai" é conhecida em muitas religiões. A divindade é muitas vezes considerada "pai dos deuses e dos homens". Em Israel, Deus é chamado de Pai enquanto Criador do mundo (Dt 32, 6; Ml 2, 10). Deus é Pai, mais ainda, em razão da Aliança, e do dom da Lei a Israel, que é Seu "filho primogênito" (Ex 4,22). É também chamado de Pai do rei de Israel (2Sm 7, 14). Muito particularmente Ele é "o Pai dos pobres", do órfão e da viúva que estão sob sua proteção de amor (Sl 68, 6).

                              239) Ao designar a Deus com o nome de "Pai", a linguagem da fé indica principalmente dois aspectos: que Deus é origem primeira de tudo, autoridade transcendente, e que, ao mesmo tempo, é bondade e solicitude de amor para todos os seus filhos. Esta ternura paterna de Deus pode também ser expressa pela imagem da maternidade (Is 66, 13), que indica mais imanência de Deus, a intimidade entre Deus e sua criatura. A linguagem da fé inspira-se, assim, na experiência humana dos pais (genitores), que são de certo modo os primeiros representantes de Deus para o homem. Mas esta experiência humana ensina também que os pais humanos são falíveis e que podem desfigurar o rosto da paternidade e da maternidade. Convém então lembrar que Deus transcende a distinção humana dos sexos. Ele não é nem homem nem mulher, é Deus. Transcende também a paternidade e a maternidade humanas (Sl 27, 10), embora seja a sua origem e a medida (Ef 3, 14): ninguém é pai como Deus o é.

                              240) Jesus revelou que Deus é "Pai" num sentido inaudito: não o é somente enquanto Criador, mas é eternamente Pai em relação a Seu Filho único, que só é eternamente Filho em relação a Seu Pai: "Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar" (Mt 11,27).




                              241) E por isso que Os apóstolos confessam Jesus como "o Verbo" que "no início estava junto de Deus" e que "é Deus" (Jo 1,1), como "a imagem do Deus invisível" (Cl 1,15), como "o resplendor de sua glória e a expressão do seu ser" (Hb 1,3).

                              242) Na esteira deles, seguindo a Tradição apostólica, a Igreja, no ano de 325, no primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia, confessou que o Filho é "consubstancial" ao Pai, isto é, um só Deus com Ele. O segundo Concílio Ecumênico, reunido em Constantinopla em 381, conservou esta expressão em sua formulação do Credo de Nicéia e confessou "o Filho Único de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai”.


O PAI E O FILHO REVELADOS PELO ESPÍRITO
                              243) Antes de sua Páscoa, Jesus anuncia o envio de "outro Paráclito" (Defensor), o Espírito Santo, em ação desde a criação (Gn 1, 2). Depois de ter outrora "falado pelos profetas, ele está agora junto dos discípulos e neles (Jo 14, 17), a fim de ensiná-1os (Jo 14, 26) e conduzi-los "à verdade inteira" (Jo 16,13). O Espírito Santo é assim revelado como outra pessoa divina em relação a Jesus e ao Pai.

                              244) A origem eterna do Espírito revela-se em sua missão temporal. O Espírito Santo é enviado aos apóstolos e à Igreja tanto pelo Pai, em nome do Filho, como pelo Filho em pessoa, depois que este tiver voltado para junto do Pai (Jo 14, 26; Jo 15, 16). O envio da pessoa do Espírito após a glorificação de Jesus (Jo 7, 39) revela em plenitude o mistério da Santíssima Trindade.

                              245) A fé apostólica no tocante ao Espírito foi confessada pelo segundo Concílio Ecumênico, em 381, em Constantinopla: "Cremos no Espírito Santo, que é Senhor e que dá a vida; ele procede do Pai". Com isso a Igreja reconhece o Pai como "a fonte e a origem de toda a divindade". Mas a origem eterna do Espírito Santo não deixa de estar vinculada à do Filho: "O Espírito Santo que é a Terceira Pessoa da Trindade, é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma natureza... Contudo, não se diz que Ele é somente o Espírito do Pai, mas ao mesmo tempo o Espírito do Pai e do Filho". O Credo da Igreja do Concilio de Constantinopla, confessa: "Com o Pai e o Filho, Ele recebe a mesma adoração e a mesma glória."

                              246) A tradição latina do Credo confessa que o Espírito "procede do Pai e do Filho (Filio que)". O Concílio de Florença, em 1438, explicita: "O Espírito Santo tem sua essência e seu ser subsistente ao mesmo tempo do Pai e do Filho e procede eternamente de Ambos como de um só Princípio e por uma única expiração... E uma vez que tudo O que é do Pai o Pai mesmo o deu ao seu Filho Único ao gerá-lo, excetuado Seu ser de Pai, esta própria processão do Espírito Santo a partir do Filho, Ele a tem eternamente de Seu Pai que O gerou eternamente".



                              247) A afirmação do "filioque" não figurava no símbolo professado em 381 em Constantinopla. Mas, com base em uma antiga tradição latina e alexandrina, o papa São Leão o havia já confessado dogmaticamente e em 447, antes que Roma conhecesse e recebesse, em 451, no Concílio de Calcedônia, o símbolo de 381. O uso desta fórmula no Credo foi sendo admitido pouco a pouco na liturgia latina (entre os séculos VIII e XI). Todavia, a introdução do "filioque" no Símbolo niceno-constantinopolitano pela liturgia latina constitui, ainda hoje, um ponto de discórdia em relação ás Igrejas ortodoxas.

                              248) A tradição oriental põe primeiramente em relevo o caráter de origem primeira do Pai em relação ao Espírito. Ao confessar o Espírito como "procedente do Pai" (Jo 15,26), ela afirma que o Espírito procede do Pai pelo Filho. A tradição ocidental põe primeiramente em relevo a comunhão consubstancial entre o Pai e o Filho, afirmando que o Espírito procede do Pai e do Filho (Filioque). Ela o afirma "de forma legítima e racional", pois a ordem eterna das pessoas divinas em sua comunhão consubstancial implica não só que o Pai seja a origem primeira do Espírito enquanto "princípio sem princípio", mas também, enquanto Pai do Filho Único, que seja com ele "o único princípio do qual procede o Espírito Santo". Esta legítima complementaridade, se não for radicalizada, não afeta a identidade da fé na realidade do mesmo mistério confessado.


III. A Santíssima Trindade na doutrina da fé

A FORMAÇÃO DO DOGMA TRINITÁRIO


                              249) A verdade revelada da Santíssima Trindade esteve desde as origens na raiz da fé viva da Igreja, principalmente por meio do Batismo. Ela encontra sua expressão na regra da fé batismal, formulada na pregação, na catequese e na oração da Igreja. Tais formulações encontram-se já nos escritos apostólicos, como na seguinte saudação, retomada na liturgia eucarística: "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós" (2Cor 13,13; 1Cor 12, 4).

                              250) No decurso dos primeiros séculos, a Igreja procurou formular mais explicitamente sua fé trinitária, tanto para aprofundar sua própria compreensão da fé como para defendê-la de erros que a estavam deformando. Isso foi obra dos Concílios antigos, ajudados pelo trabalho teológico dos Padres da Igreja e apoiados pelo senso da fé do povo cristão.

                              251) Para a formulação do dogma da Trindade, a Igreja teve de desenvolver uma terminologia própria, recorrendo a noções de origem filosófica: "substância", "pessoa" ou "hipóstase", "relação", etc. Ao fazer isso, não submeteu a fé a uma sabedoria humana, mas imprimiu um sentido novo, inaudito, a esses termos, chamados a significar, a partir daí, também um Mistério inefável, que "supera infinitamente tudo o que nós podemos compreender dentro do limite humano".

                              252) A Igreja utiliza o termo "substância" (traduzido também, às vezes, por "essência" ou por "natureza") para designar ser divino em sua Unidade, o termo "pessoa" ou "hipóstase” para designar o Pai, o Filho e o Espírito Santo em sua distinção real entre Si, e o termo "relação" para designar o fato de a distinção entre eles residir na referência de uns aos outros.


DOGMA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

                              253) A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas só Deus em três pessoas: "a Trindade consubstancial". As pessoas divinas não dividem entre Si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: "O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza[fca47] ". "Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina".

                              254) As pessoas divinas são realmente distintas entre si. "Deus é único, mas não solitário". "Pai", "Filho", "Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre Si: "Aquele que é o Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho". São distintos entre Si por suas relações de origem: "É o Pai O que gera, o Filho é O que é gerado, o Espírito Santo é O que procede".


A Unidade divina é Trina.

                              255) As pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das pessoas entre Si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras: "Nos nomes relativos das pessoas, o Pai é referido ao Filho, o filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três pessoas considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância. Pois "tudo é uno (Neles), onde não se encontra a oposição de relação. "Por causa desta Unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho”.

                              256) Aos Catecúmenos de Constantinopla, São Gregório Nazianzeno, denominado também "o Teólogo", confia o seguinte resumo da fé trinitária:


Antes de todas as coisas, conservai-me este bom depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe... A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um, considerado em Si mesmo, é Deus todo inteiro... Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a Unidade toma conta de mim.




IV. As obras divinas e as missões trinitárias

                              257) "O lux beata Trinitas et principalis Unitas ("Ó Luz da Trindade bendita e primordial Unidade”). Deus é beatitude eterna, vida imortal, luz sem ocaso. Deus é amor: Pai, Filho e Espírito Santo. Livremente, Deus quer comunicar a glória de sua vida bem-aventurada. Este é o "desígnio" de benevolência (Ef 1,9), que Ele concebeu desde antes da criação do mundo no Seu Filho bem-amado, predestinando-nos à adoção filial neste" (Ef 1,5), isto é, "a reproduzir a imagem do seu Filho" (Rm 8,29) graças ao "Espírito de adoção filial" (Rm 8,5). Esta decisão prévia é uma "graça concedida antes de todos os séculos" (2Tm 1,9), proveniente diretamente do amor trinitário. Ele se desdobra na obra da criação, em toda história da salvação após a queda, nas missões do Filho e do Espírito, prolongadas pela missão da Igreja.

                              258) Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Pois da mesma forma que a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza, assim também não tem senão uma única e mesma operação. "O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três princípios das criaturas, mas um só princípio". Contudo, cada pessoa divina cumpre a obra comum segundo sua propriedade pessoal. Assim a Igreja confessa, na linha do Novo Testamento (1 Cor 8, 6): "Um Deus e Pai do qual são todas as coisas, um Senhor, Jesus Cristo, mediante o qual são todas as coisas, um Espírito Santo em quem são todas as coisas”. São sobretudo as missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo que manifestam as propriedades das pessoas divinas.

                              259) Obra ao mesmo tempo comum e pessoal, toda a Economia divina dá a conhecer tanto a propriedade das pessoas divinas como sua única natureza. Outrossim, toda a vida cristã é comunhão com cada uma das pessoas divinas, sem de modo algum separá-Las. Quem rende glória ao Pai o faz pelo Filho no Espírito Santo; quem segue a Cristo, o faz porque o Pai atrai (Jo 6, 44) e o Espírito o impulsiona (Rm 8, 14).

                              260) O fim último de toda a Economia divina é a entrada das criaturas na Unidade perfeita da Santíssima Trindade (Jo 17, 21-23). Mas desde já somos chamados a ser habitados pela Santíssima Trindade: "Se alguém me ama - diz o Senhor -, guardará a Minha palavra, e Meu Pai o amará e viremos a ele, e faremos nele a Nossa morada" (Jo 14,23):

Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me de mim inteiramente para firmar-me em Vós, imóvel e pacífica, como se a minha alma já estivesse na eternidade: que nada consiga perturbar a minha paz, nem fazer-me sair de Vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundidade do vosso Mistério! Pacificai a minha alma! Fazei dela o vosso céu, vossa amada morada e o lugar do vosso repouso. Que nela eu nunca Vos deixe só, mas que eu esteja aí, toda inteira, completamente vigilante na minha fé, toda adorante, toda entregue à vossa ação criadora (Oração da beata Elisabete da Trindade).




RESUMINDO

                              261) O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus no-lo pode dar a conhecer, revelado-se como Pai, Filho e Espírito Santo

                              262) A Encarnação do Filho de Deus revela que Deus é o Pai eterno, e que o Filho é consubstancial ao Pai, isto é, que Ele é, no Pai e com o Pai, o mesmo Deus único.

                              263) A missão do Espírito Santo, enviado pelo Pai em nome do Filho (Jo 14, 26) e pelo Filho "de junto do Pai" (Jo 15,26), revela que o Espírito é com eles o mesmo Deus único. "Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado."

                              264) "O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão”.

                              265) Pela graça do Batismo "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19) somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na terra, na obscuridade da fé, e para além da morte, na luz eterna.

                              266) "Fides autem catholica haec est, ut unum Deum in Trinitate, et Trinitatem in unitate veneremur, neque confundentes personas, neque substantiam separantes: alia enim est persona Patris, alia Filii, alia Spiritus Sancti; sed Patris et Fuji et Spiritus Sancti est una divinitas, aequalis gloria, coaeterna majestas" ("A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na Unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, outra, a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna a majestade.”

                              267) Inseparáveis naquilo que são, da mesma forma o são naquilo que fazem. Mas na única operação divina cada uma delas manifesta o que lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo.



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