sábado, 3 de outubro de 2009

A História dos Papas


1º. - São Pedro - Mártir -(Simão, filho de Jonas); Galiléia;
                             Eleito por Jesus na terceira década do calendário cristão, permaneceu cerca de 37 anos no pontificado (o mais longo da história). Morreu no ano de 67. Muitos historiadores firmam seu pontificado de 42 a 67, período que retrata o tempo em que permaneceu estabelecido em Roma.



2º. - São Lino - Mártir - Itália; 67 - c.79.

3º. - Santo Anacleto (São Cleto) - Mártir - Itália; c.79 - c.92.

4º. - São Clemente I - Mártir -(Clemente de Roma); c.92 - c.101.

5º. - Santo Evaristo - Mártir - Grécia; c.101 - c.107.

6º. - Santo Alexandre - Mártir - Itália; c.107 - c.116.

7º. - São Xisto I - Provavelmente Mártir - Itália; c.116 - c.125.

8º. - São Telésforo - Mártir - Grécia; c.125 - c.138.

9º. - Santo Higino - Mártir - Grécia; c.138 - c.142.

10º. - São Pio I - Mártir - Itália; 142 - 155.

11º. - Santo Aniceto - Considerado Mártir - Síria; 155 - 166.

12º. - São Sotero - Mártir - Itália; c.166 - c.174.

13º. - Santo Eleutério - Mártir - Grécia; c.174 - c.189.

14º. - São Vitor I - Mártir - África; c.189 - c.199.

15º. - São Zeferino - Mártir -Itália; c.199 - c.217.

16º. - São Calixto I - Mártir - Itália; c.217 - c.222.

17º. - Santo Urbano I - Mártir - Itália; c.222 -c.230.

18º. - São Ponciano - Mártir - Itália; c.230 - c.235.

19º. - Santo Antero - Mártir - Grécia; c.235 - 236.

20º. -São Fabiano - Mártir - Itália; 236 - 250.

21º. -São Cornélio- Mártir - Itália; 251 - 253.

22º. -São Lúcio - Mártir - Itália; 253 - 254.

23º. - Santo Estevão - Mártir - Itália; 254 - 257.

24º. - São Xisto II - Mártir - Grécia; 257 - 258.

25º. - São Dionísio; 259 - 268. (26/12)

26º. - São Félix - Mártir - Itália; 269 - 274. (30/05)

27º. - Santo Eutiquiano; Itália; 275 - 283.

28º. - São Caio; Iugoslávia; 283 - 296.

29º. - São Marcelino; Itália; 296 - 304 -
                             Ordenou São Silvestre, que viria a assumir o pontificado em 314.

30º. - São Marcelo; Itália; 308 - 309.
                              São Marcelo só foi eleito quatro anos após a morte de São Marcelino, devido às terríveis perseguições que os cristãos sofreram pelas mãos do imperador Dioclesiano. Acabou sendo exilado pelo imperador Maxêncio, e sofreu diversas humilhações e castigos. Morreu exilado, numa igreja que foi fechada e transformada num estábulo, onde trabalhava como escravo.

31º. - Santo Eusébio; Itália (de origem grega); (26/09) c.309 - c.310.

32º. - São Melquíades ou São Melcíades; África; 311 - 314.
                             Conversão do Imperador Constantino ao catolicismo. Tempos de paz para a Igreja pelo fim das perseguições aos cristãos.

33º. - São Silvestre; Itália; 314 - 335.
                             O imperador Constantino decreta o fim da crucificação, da perseguição aos cristãos e pessoalmente, contribui para a construção de Igrejas.
                             O Papa manda erigir a imagem de Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos, em gratidão à Maria Santíssima pelo fim da perseguição contra a Igreja.
                             Condenação das heresias donatista e ariana pelos concílios de Arles e Nicéia.
                             É construída a Basílica Vaticana sobre o túmulo de São Pedro, com auxílio do imperador Constantino. (Esta deu lugar a atual Basílica de São Pedro).

34º. - São Marcos; Itália; 336 (10 meses) - 07/10.

35º. - São Julio; Itália; 337 - 352.

36º. - Libério; Itália; 352 - 366.

37º. - São Dâmaso I; Espanha; 366 - 384.
                             Condenação das heresias de Macedônio e Apolináris pelo Concílio de Constantinopla.

38º. - São Sirício; Itália; 384 - 399.

39º. - Santo Anastácio I; Itália; 399 - 401.

40º. - Santo Inocêncio I; Albânia; 401-417.

41º. - São Zózimo; Grécia; 417-418.

42º. - São Bonifácio I; Itália; 418 - 422.

43º. - São Celestino I; Itália; 422 - 432.
                              Convocou o Concílio de Éfeso, que instituiu a segunda parte da Ave-Maria, ou seja "Santa Maria Mãe de Deus".

44º. - São Xisto III; Itália; 432 - 440 - (28/03).

45º. - São Leão I (O Grande); Itália; 440 - 461.

46º. - Santo Hilário; Itália; 461 - 468.

47º. - São Simplício; Itália; 468 - 483.

48º. - São Félix II; Itália; 483 - 492.

49º. - São Gelásio I; África; 492 - 496.

50º. - Anastácio II; Itália; 496 - 498.

51º. - São Símaco; Itália; 498 - 514.

52º. - São Hormisdas; Itália; 514 -523.

53º. - São João I - Mártir - Itália; 523 - 526.

54º. - São Félix III; Itália; 526 - 530.

55º. - Bonifácio II; Itália (de origem gótica); 530 - 532.

56º. - João II; Itália; 533 - 535.

57º. - Santo Agapito ou Santo Agapeto; Itália; 535 - 536.

58º. - São Silvério - Mártir - Itália; 536 - 537.

59º. - Vigílio; Itália; 537 - 555.

60º. - Pelágio; Itália; 556 - 561.

61º. - João III; Itália; 561 - 574.

62º. - Bento I (ou Benedito I); Itália; 575 - 579.

63º. - Pelágio II; Itália; 579 - 590.

64º. - São Gregório I (O Grande); Itália; 590 - 604.
                             (contemporâneo de S. Agostinho - Apóstolo da Inglaterra) - L. P. 28/05.

65º. - Sabiniano; Itália; 604 - 606.

66º. - Bonifácio III; Itália; 607 (9 meses).

67º. - São Bonifácio IV; Itália; 608 - 615.

68º. - São Deusdedit I ou Santo Adeodato I; Itália; 615 - 618.

69º. - Bonifácio V; Itália; 619 - c.625.

70º. - Honório I; Itália; 625 - 638.

71º. - Severino; Itália; 640 (4 meses).

72º. - João IV; Iugoslávia; 640 - 642.

73º. - Teodoro I (grego nascido em Jerusalém); 642 - 649.

74º. - São Martinho I; Itália; 649 - 655.

75º. - Santo Eugênio I; Itália; 654 - 657.
                             (Substituiu o Papa São Martinho I, quando este estava no exílio, na Criméia).

76º. - São Vitaliano; Itália; 657 - 672.

77º. - Adeodato II ou Deusdedit II; Itália; 672 - 676.

78º. - Dono I; Itália; 676 - 678.

79º. - Santo Agato; Itália; 678 - 681.

80º. - São Leão II; Itália; 682 - 683.

81º. - São Bento II (ou São Benedito II); Itália; 684 - 685.

82º. - João V; Síria; 685 - 686.

83º. - Cônon; provavelmente de origem italiana; 686 - 687.

84º. - São Sérgio I; Síria; 687 - 701.

85º. - João VI; Grécia; 701 - 705.

86º. - João VII; Grécia; 705 - 707.

87º. - Sisínio; Síria; 708 (2 meses).

88º. - Constantino; Síria; 708 - 715.

89º. - São Gregório II; Itália; 715 - 731.

90º. - São Gregório III; Síria; 731 - 741.

91º. - São Zacarias; Grécia; 741 - 752. (falecimento: março de 752).

92º. - Estevão; Itália; 752 (Não consagrado).
                             Foi eleito no mês de março de 752, mas veio a falecer três dias depois. Seu nome consta honorificamente na relação dos Papas. Lembrando que no pontificado de 254 a 257 houve um Papa com o mesmo nome, Estevão só não aparece como o Papa Estevão II porque não houve tempo de ser oficialmente consagrado ao cargo pontifício. Por isso, seu sucessor, também adotando o nome, figura como Estevão II, quando na realidade é ele o terceiro Papa com o nome de Estevão.

93º. - Santo Estevão II; Itália; 752 - 757.

94º. - São Paulo I; Itália; 757 - 767.

95º. - Santo Estevão III; Itália; 768 - 772.

96º. - Adriano I; Itália; 772 - 795.

97º. - São Leão III; Itália; 795 - 817.

98º. - São Pascoal I; Itália; 817 - 824.

99º. - Eugênio II, Itália; 824 - 827.

100º.- Valêncio; Itália; 827 (2 meses).

101º.- Gregório IV; Itália; 827 - 844.

102º.- Sérgio II; Itália; 844 - 847.

103º.- São Leão IV; Itália; 847 - 855.

104º.- Bento III (ou Benedito III); Itália; 855 - 858.

105º.- São Nicolau I (O Grande); Itália; 858 - 867.

106º.- Adriano II; Itália; 867 - 872.

107º.- João VIII; Itália; 872 - 882.

108º.- Marino I ou Martinho II; Itália; 882 - 884.

109º.- Santo Adriano III; Itália; 884 - 885.

110º.- Estevão V; Itália; 885 - 896.

111º.- Bonifácio VI; Itália; 896 (1 mês).

112º.- Estevão VI; Itália; 896 - 897.

113º.- Romano; Itália; 897 (4 meses).

114º.- Teodoro II; Itália; 897 (1 mês).

115º.- João IX; Itália; 898 - 900.

116º.- Bento IV (ou Benedito IV); Itália; 900 - 903.

117º.- Leão V; Itália; 903 (3 meses).

118º.- Sérgio III; Itália; 904 - 911.

119º.- Anastácio III; Itália; 911 - 913.

120º.- Lando; Itália; 913 - 914.

121º.- João X (Giovani de Tossignano); Itália; 914 - 928.

122º.- Leão VI; Itália;928 (8 meses).

123º.- Estevão VII; Itália; 928 - 931.

124º.- João XI; Itália;931 - 935.

125º.- Leão VII; Itália;936 - 939.

126º.- Estevão VIII; Itália; 939 - 942.

127º.- Marino II ou Martinho III ; Itália; 942 - 946.

128º.- Agapito II; Itália; 946 - 955.

129º.- João XII (Ottaviano); Itália; 955 - 963.

130º.- Leão VIII; Itália; 963 - 965 e Bento V (ou Benedito V); ano de 964.
                              Nesta ocasião muitos católicos não aceitaram a nomeação do Papa Leão VIII ao trono pontifício (feita pelo imperador Ótão I), e elegeram Bento V. Assim, No ano de 964 a Igreja esteve sob o governo de dois Papas.

131º.- João XIII; Itália; 965 - 972.

132º.- Bento VI (ou Benedito VI); Itália; 973 - 974.

133º.- Bento VII (ou Benedito VII); Itália; 974 - 983.

134º.- João XIV (Pietro Canepanova); Itália; 983 - 984.

135º.- João XV; 985 - 996.

136º.- Gregório V (Bruno da Caríntia); Alemanha; 996 - 999.

137º.- Silvestre II (Gelbert); França; 999 - 1003.

138º.- João XVII (Giovanni Sicco); Itália; 1003 (7 meses).

139º.- João XVIII (Fasano); Itália; 1003 - 1009.

140º.- Sérgio IV (Pietro Buccaporci); Itália; 1009 - 1012.

141º.- Bento VIII (ou Benedito VIII); Itália; 1012 - 1024.
                              Henrique, Imperador da Alemanha, recebeu a coroa imperial das mãos do Papa Bento VIII. Com a morte de Henrique, a imperatriz Conegundes apresentou-se com toda a pompa no convento de Kaufungen, que fundara, onde numa missa solene se desfez dos ornatos que trazia, e recebeu do Bispo um hábito feito pelas próprias mãos. Quinze anos viveu santamente como religiosa naquele convento. No ano de 1200 foi elevada aos altares. Sua canonização foi proclamada pelo Papa Inocêncio III.

142º.- João XIX; Itália; 1024 - 1032.

143º.- Bento IX, ou Benedito IX (Teofilato); Itália; 1032 - 1044 (c.)

144º.- Silvestre III (João); Itália; 1045 (2 meses).

145º.- Bento IX (ou BeneditoIX); 1045 (2 meses), pela segunda vez; deposto Itália; 973 - 974.

146º.- Gregório VI (Giovani Graziano); Itália; 1045 - 1046.

147º.- Clemente II (Suidger, lorde de Morsleben e Hornburg); Alemanha; 1046 - 1047.

148º.- Bento IX (ou Benedito IX); 1047 - 1048, pela terceira vez, assume o Pontificado.

149º.- Dâmaso II (Poppo); Alemanha; 1048 (2 meses).

150º.- São Leão IX (Bruno de Egishein); Alemanha; 1049 - 1054.
                             Eleito por decisão de membros do clero e governantes. Havendo três pretendentes à tiara pontifícia, foi convocado o congresso de Worms, ao qual compareceu grande número de Bispos, Prelados, Príncipes e embaixadores, com o fim de dar um novo Papa à Cristandade, afastando assim o perigo de um cisma. Ao final do seu pontificado (1054), o patriarca Miguel Cerulário não aceitou as determinações do Papa sobre o rito latino, separando-se da Igreja Católica, o que foi seguido pela maior parte da Igreja Oriental. São Leão foi perseguido e preso pelos normandos e naquele mesmo ano, adoeceu gravemente e faleceu em Roma.

151º.- Vitor II (Gebhard); Alemanha; 1055 - 1057.

152º.- Estevão IX (Fréderic); França; 1057 - 1058.

153º.- Bento X , ou Benedito X (João Mincius, bispo de Velletri); França; 1058 - 1059.

154º.- Nicolau II (Gérard de Bourbogne); França; 1059 - 1061.

155º.- Alexandre II (Anselmo do Baggio); Itália; 1061 - 1073.

156º.- São Gregório VII (Ildebrando di Soana); Itália; 1073 - 1085.
                             Triunfou na luta contra a questão das investiduras e simonia, além de iniciar dura campanha para instituição do celibato clerical, fato que culminou na excomunhão de bispos e padres casados. No pontificado do Papa Inocêncio II (1130) o celibato foi definitivamente instituído.

157º.- Vitor III (Daufério, Desidério); Itália; 1086 - 1087.

157º.- Urbano II , França(Odon de Lagny).

159º.- Pascoal II (Raniero di Bieda); Itália; 1099 - 1118.

160º.- Gelásio II (Gian di Gaeta); Itália; 1118 - 1119.

161º.- Calixto II (Guy de Borgonha); França; 1119 - 1124.

162º.- Honório II (Lambert Flagano); França; 1124 - 1130.

163º.- Inocênio II ; Itália; 1130 - 1143 (Instituído o celibato no clero).

164º.- Celestino II (Guido de Castelo); Itália; 1143 - 1144.

165º.- Lúcio II (Geraldo Caccianemici); Itália; 1144 - 1145.

166º.- Eugênio III (Bernardo de Montemagno); Itália; 1145 - 1153.

167º.- Anastácio IV (Conrado de Subura); Itália; 1153 - 1154.

168º.- Adriano IV (Nicholas Breakspear); Inglaterra; 1154 - 1159.

169º.- Alexandre III (Rolando Bandinelli); Itália; 1159 - 1181.

170º.- Lucio III (Ubaldo Allucingoli); Itália; 1181 - 1185.

171º.- Urbano III (Uberto Crivelli); Itália; 1185 - 1187.

172º.- Gregório VIII (Alberto de Morra); Itália; 1187 (2 meses).

173º.- Clemente III (Paolo Scolari); Itália; 1187 - 1191.

174º.- Celestino III (Giacinto Bobo); Itália; 1191 - 1198.

175º.- Inocêncio III (Lotario de Segni); Itália; 1198 - 1216.

176º.- Honório III (Cencio Savelli); Itália; 1216 - 1227.

177º.- Gregório IX (Ugo, conde de Segni) ; Itália; 1227 - 1241.

178º.- Celestino IV (Goggredo Castiglioni); Itália; 1241 (2 meses).

179º.- Inocêncio IV (Sinibaldo Fieschi); Itália; 1243 - 1254.

180º.- Alexandre IV (Rolando de Segni); Itália; 1254 - 1261.

181º.- Urbano IV (Jacques de Pantaléon); França; 1261 - 1264.
                             Cruzada na Alemanha e na Boêmia - Contemporâneo de S. Alberto Magno - 15/11.

182º.- Clemente IV (Guy Foulques); França; 1265 - 1268.

183º.- Gregório X (Tebaldo Visconti); Itália; 1271 - 1276.

184º.- Inocêncio V (Pierre de Tarentaise); Itália; 1276 (5 meses).

185º.- Adriano V (Ottobono Fieschi); Itália; 1276 (2 meses).

186º.- João XXI (Pedro Hispano); Portugal; 1276 - 1277.

187º.- Nicolau III (Gaetano Orsini); Itália; 1277 - 1280.

188º.- Martinho VI (Simon de Brion); França; 1281 - 1285.

189º.- Honório IV (Jacobus Savelli); Itália; 1285 - 1287.

190º.- Nicolau IV (Girolamo Masci); Itália; 1288 - 1292. (O conclave durou até 1294).

191º.- São Celestino V (Pietro di Morrono); Itália; 1294 (5 meses).

192º.- Bonifácio VIII (Benedeto Gaetano); Itália; 1294 - 1303.

193º.- Bento XI, ou Benedito XI (Niccolò Boccasini); Itália; 1303 - 1304.

194º.- Clemente V (Bertrand de Got) ; França ; 1305 - 1314.

195º.- João XXII (Jacques Duèse); França; 1316 - 1334.

196º.- Bento XII, ou Benedito XII (Jacques Fournier) França; 1334 - 1342.

197º.- Clemente VI (Pierre- Roger de Beaufort) França; 1342 - 1352.

198º.- Inocêncio VI (Etienne Aubert) França; 1352 - 1362.

199º.- Urbano V (Guilherme de Grimoard) França; 1362 - 1370.

200º.- Gregório XI (Pierre-Roger de Beaufort II) França; 1370 - 1378.
                             Os Papas , desde Clemente V, foram obrigados a estabelecer residência em Avinhão, na França, isto porque príncipes bandoleiros, não raras vezes franceses, atacaram a Igreja, apoderando-se de seus bens. Hostilidades de todo o tipo, guerras, crimes, violências, escândalos e heresias surgiram em conseqüência da vitória do Papa Gregório IX (1227 a 1241) que, corajosamente lutou contra os abusos do Estado contra a Igreja. Foi Henrique IV quem promoveu de forma acentuadíssima a venda de bispados e abadias a pessoas indignas. Ao ver perdido seu poder, os Papas sucessores amargaram a terrível vingança dos sequazes do imperador que, com o orgulho ferido, não aceitavam a perda do poder sobre a Igreja. Sob a influência pacificadora de Santa Catarina de Siena, o Papa Gregório XI restabeleceu a Santa Sé em Roma, fato que gerou séria divergência entre Cardeais Italianos e franceses. Logo após sua morte, o Papa Urbano VI foi legitimamente eleito, mas os franceses elegeram outro papa cognominado "Clemente VII", residente em Avinhão (Ver nota em Urbano VI). O mau exemplo e insubordinação de príncipes e prelados, instigou o povo à entrega de novas heresias que já despontavam e que iriam culminar posteriormente no levante do protestantismo através de seus propugnadores: Lutero, na Alemanha; Zwinglio, na Suíça; Calvino, na França e Holanda; e Henrique VIII, na Inglaterra.

201º.- Urbano VI (Bartolomeo Prignano) Itália; 1378 - 1389.
                             Início do grande Cisma do Ocidente. Cardeais franceses, não se conformando com as medidas rigorosas e severas do Papa Urbano VI, procederam a eleição de um anti-papa, que adotando o nome de "Clemente VII", fixou residência novamente em Avinhão, na França. Ao contrário da versão de muitos historiadores, não houve, nesse período, dualidade de papas, já que Urbano VI foi eleito legitimanente, além do que a Igreja só reconhece no Papa de nome Clemente VII, Giulio de Medici, que governou a Igreja de 1523 a 1534. Este foi um período marcado por sérias tribulações. Membros do clero e do povo católico dividiram-se entre opiniões diversas e o fogo da rebeldia alastrou-se nutrido por diversas inconveniências. Aqui deu-se o que ficou conhecido como o "Cisma do Ocidente". Foi o Papa Urbano VI quem prescreveu a festa da apresentação de Nossa Senhora.

202º.- Bonifácio IX (Pietro Tomaselli) Itália; 1389 - 1404.
                             Durante este pontificado o cardeal Pedro de Luna assumiu como sucessor do anti-papa Clemente VII, que faleceu em 1394. Pedro de Luna, cognominado Bento XIII (ou Benedito XIII), governou como anti-papa até o pontificado do Papa Gregório XII. Tinha estreito relacionamento com São Vicente Ferrer, que grande luta travou para o fim do grande cisma. Apesar de reconhecer em Bento XIII (ou Benedito XIII) sua autoridade eclesiástica na qualidade de cardeal, instou para que renunciasse a autoridade pontifícia, mas não obteve êxito e, por este motivo, São Vicente preferiu retirar-se do palácio recusando as dignidades hierárquicas que repetidamente lhe foram oferecidas. O anti-papa Bento XIII viria a ser destituído no ano de 1417, pontificado de Gregório XII, por ocasião das determinações firmadas no Concílio de Constança.

203º.- Inocêncio VII (Cosimo Migliorati) Itália; 1404 - 1406.

204º.- Gregório XII (Angelo Correr) Itália; 1406 - 1415.
                             Fim do grande Cisma do Ocidente. P Papa Gregório XII convoca, em 1414, o Concílio de Constança. Para pôr ordem na hierarquia da Igreja, baixa o decreto Sacrossanta, submetendo-se à declarada supremacia do concílio sobre o Papa. A seguir Gregório XII renuncia ao legítimo pontificado, sendo condenada a doutrina herética de Jan Huss, destituído Bento XIII, pondo fim definitivamente ao grande cisma. A mesmo tempo o anti-papa autoproclamado João XXIII, que havia assumido tal condição na Alemanha, foi detido e em seguida também destituído (Não confundir com Angelo Giuseppe Roncalli, legítimo João XXIII). O próprio concílio de Constança que nasceu "conciliarista" (detinha poderes equivalentes ao do Papa) decreta, através dos Padres sinodais, o conciliarismo como heresia. Tais fatos desenrolaram-se até novembro de 1417, quando a eleição devolveu ao cristianismo um único e legítimo pontífice: Odomo Colonna, que adotou o nome de Martinho V. Segundo consta, cerca de 80 mil católicos estavam presentes e comemoraram a eleição do novo Papa.

205º.- Martinho V (Odomo Colonna) Itália; 1417 - 1431.

206º.- Eugênio IV (Gabriel Condulmaro) Itália; 1431 - 1447.

207º.- Nicolau V (Tomaso Parentucelli) Itália; 1447 - 1455.

208º.- Calixto III (Alfonso Borgia) Itália; 1455 - 1458.

209º.- Pio II (Enea Silvio Piccolomini) Itália; 1458 - 1464.

210º.- Paulo II (Pietro Barbo) Itália; 1464 - 1471.

211º.- Xisto IV (Francesco Della Rovere) Itália; 1471 - 1484.

212º.- Inocêncio VIII (Giovanni Battista Cibo) Itália; 1484 - 1492.

213º.- Alexandre VI (Rodrigo Borgia) Espanha; 1492 - 1503.

214º.- Pio III (Francesco Todeschini Piccolomini) Itália; 1503 (2 meses).

215º.- Julio II (Giuliano della Rovere) Itália; 1503 - 1513.

216º.- Leão X (Giovanni de Medici) Itália; 1513 - 1521.
                             Neste Pontificado Lutero rebela-se. Início do protestantismo.

217º.- Adriano VI (Adriano Florenza Dedal) Holanda; 1522 - 1523.

218º.- Clemente VII (Giulio de Medici) Itália; 1523 - 1534.

219º.- Paulo III (Alessandro Farnese) Itália; 1534 - 1549.
                             Convocado o Concílio de Trento.

220º.- Julio III (Giovanni Maria Ciocchi del Monte) Itália; 1550 - 1555.
                             Término do Concilio de Trento. A "contra reforma" já deflagrada por Leão X toma impulso a partir daqui.

221º.- Marcelo II (Marcello Cervini ) Itália; 1555 (2 meses).

222º.- São Paulo IV (Gian Pietro Carafa - São João Pedro Carafa) Itália; 1555 - 1559.
                             Trinta anos antes de assumir o governo da Igreja (pontificado de Clemente VII), havia fundado a Congregação da Divina Providência junto com São Caetano de Thiene. Defendeu a Igreja na época do levante protestante, representando uma das primeiras colunas da reação católica ao movimento protestante.

223º.- Pio IV (Giovani Angelo de Medici) Itália; 1559 - 1565.
                             (Tio de São Carlos Borromeu - 04/11)

224º.- São Pio V (Antonio Chislieri) Itália; 1565 - 1572.

225º.- Gregório XIII (Ugo Boncompagni) Itália; 1572 - 1585.

226º.- Xisto V (Felipe Peretti) Itália; 1585 - 1590.

227º.- Urbano VIII (Giovanni Battista Cestagna) Itália; 1590 (1 mês).

228º.- Gregório XIV (Niccolò Sfondrati) Itália; 1590 - 1591.

229º.- Inocêncio IX (Giovanni A. Facchinetti) Itália; 1591 (2 meses).

230º.- Clemente VIII (Ippolito Aldobrandini) Itália; 1592 - 1605.

231º.- Leão XI (Alessandro de Medici) Itália; 1605 (1 mês).

232º.- Paulo V (Camilo Borghese) Itália; 1605 - 1621.

233º.- Gregório XV (Alessandro Ludovis) Itália; 1621 - 1623.

234º.- Urbano VIII (Maffeo Barberini) Itália; 1623 - 1644.

235º.- Inocêncio X (Giovanni Battista Pamphili ) Itália; 1644 - 1655.

236º.- Alexandre VIII (Fabio Chigi) Itália; 1655 - 1667.

237º.- Clemente IX (Giulio Rospigliosi) Itália; 1667 - 1669.

238º.- Clemente X (Emilio Altieri) Itália; 1670 - 1676.

239º.- Inocêncio XI (Benedito Odescalchi) Itália; 1676 - 1689.

240º.- Alexandre VIII (Pietro Vito Ottoboni) Itália; 1689 - 1691.

241º.- Inocêncio XII (Antonio Pignatelli) Itália; 1691 - 1700.

242º.- Clemente XI (Giovanni Francesco Albani) Itália; 1700 - 1721.

243º.- Inocêncio XIII (Michelangelo dei Conti) Itália; 1721 - 1724.

244º.- Bento XIII, ou Benedito XIII (Pietro Francesco Orsini) Itália; 1724 - 1730.

245º.- Clemente XII (Lorenzo Corsini) Itália; 1730 - 1740.

246º.- Bento XIV, ou Benedito XIV (Prospero Lambertini) Itália; 1740 - 1758.

247º.- Clemente XIII (Carlo Rezzonico) Itália; 1758 - 1769.

248º.- Clemente XIV (Giobanni Vincenzo Ganganelli) Itália; 1769 - 1774.
                             Desfez a companhia de Jesus por causa da perseguição.

249º.- Pio VI (Giovanni Angelo Braschi) Itália; 1775 - 1799.

250º.- Pio VII (Barnaba Chiaramonti) Itália; 1800 - 1823.(L P. 491 (24/05).

251º.- Leão XII (Annibale della Genga) Itália; 1823 - 1829.

253º.- Pio VIII (Francesco Saverio Castiglioni) Itália; 1829 - 1830.
                             Neste pontificado deu-se a aparição de Nossa Senhora à Santa Catarina de Labouré, ordenando que fosse cunhada a Medalha Milagrosa.

252º.- Gregorio XVI (Bartolomeo Alberto Cappelari) Itália; 1831 - 1846.
                             aprovou e abençoou a Medalha Milagrosa.

254º.- Pio IX (Giovanni Mastai Ferreti) Itália; 1846 - 1878.
                             Segundo maior pontificado da história (31 anos, sete meses e meio) . O primeiro lugar pertence a São Pedro (37 anos) e o terceiro, do Papa João Paulo II (25 anos, cinco meses e um dia - em 14/03/04, quando superou Leão XIII)<> Fundada a Associação das Filhas de Maria em 20/06/1847 por Santa Catarina Labouré, a quem Nossa Senhora trasmitiu a Medalha Milagrosa. Instituido o Dogma da Imaculada Conceição em 1854. Instituído o Dogma da Infalibilidade do Papa. Aparição de Nossa Senhora em Lourdes no ano de 1858, à Santa Bernardete.

255º.- Leão XIII (Gioacchino Pecci) Itália; 1879 - 1903.
                             Instituiu a 23/07 /1894 a festa da Medalha Milagrosa.

256º.- São Pio X (Giuseppe Melchiorre Sarto) Itália; 1903 - 1914.
                             Concedeu 100 dias de indulgência de cada vez que se diga : "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós", invocação esta impressa na Medalha Milagrosa. Instituiu em 08/06/1909 a Associação da Medalha Milagrosa. Início do processo de beatificação de Santa Bernadete Soubirous.

257º.- Bento XV, ou Benedito XV (Giacomo della Chiesa) Itália; 1914 - 1922.

258º.- Pio XI (Achille Ratti) Itália; 1922 - 1939.
                             Por decreto de 16 de julho de 1930 proclamou a Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. {Ver hist.e S. leonardo (28/11)}. Em 14/07/1925 Santa Bernadete Soubirous é proclamada bem-aventurada e, no mesmo pontificado, 02/07/1933, canonizada. Por decreto de 16 de julho de 1930 proclamou a Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. {Ver hist.e S. leonardo (28/11)}.

259º.- Pio XII (Eugenio Pacelli) Itália; 1939 - 1958.
                             Instituído o Dogma da Assunção de Nossa Senhora. Em 27/07/1947 Santa Catarina Labouré é canonizada.

260º.-João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli) Itália; 1958 - 1963.

261º.- Paulo VI (Giovanni Battista Montini) Itália; 1963 - 1978.

262º.- João Paulo I (Albino Luciani) Itália; 1978 (33 dias).

263º.- João Paulo II (Karol Wojtyla) Polônia; 1978 - 2005.
                              No Dia 14 de março de 2004, o Papa João Paulo II, com 25 anos, cinco meses e um dia, superou, em tempo, o pontificado do Papa Leão XIII, sendo então o terceiro pontificado mais longo da história, precedido apenas por São Pedro (37 anos) e Por Pio IX (31 anos).



264º.- Bento XVI, ou Benedito XVI (Joseph Ratzinger) Alemanha, 19 de abril 2005.




CURIOSIDADES

                              264 papas reinaram na história da Igreja Católica desde o primeiro, Simão Pedro, que morreu como mártir no ano 64 depois de Cristo, até o polonês João Paulo II. Na lista, aparecem apenas 262 nomes, já que um deles, Bento IX, reinou três vezes. Eleito em 1032, foi deposto em 1044. Recuperou o trono de Pedro em 1045, ano em que abdicou, para depois voltar em 1047 e ser deposto Definitivamente um ano depois. Se Bento IX foi o último papa a ser destituído, não foi o único. Sete tiveram o mesmo destino antes dele. O papa Silvério (536-537) foi o primeiro. Cinco abdicaram. No total, 21 papas morreram como mártires e outros nove sob o martírio. Quatro faleceram no exílio e um na prisão. A esta lista, somam-se nove pontífices que desapareceram em circunstâncias violentas: seis assassinados, dois mortos devido a ferimentos durante revoltas e um pelo desabamento do teto do local onde estava. Oitenta e cinco papas foram santificados. Outro sete papas foram beatificados. O anuário pontifício reconhece também 37 antipapas (entre eles São Hipólito) e mais duas figuras citadas nas notas de páginas. O nome de Estevão não aparece no anuário porque morreu poucas horas depois da eleição. O pontificado de Urbano VII foi o mais curto da história da Igreja, durou 13 dias. O reinado mais longo, 34 anos, foi o de São Pedro, o príncipe dos apóstolos. Depois, somente Pio IX reinou mais de 30 anos (de junho de 1846 a fevereiro de 1878). Treze papas reinaram mais de 20 anos, mas a média dos pontificados é de 8 anos. desde Simão Pedro, o período mais longo sem um papa foi de três anos, sete meses e um dia (de 26 de outubro de 304 a 27 de maio de 308), entre Marcelino e Marcelo I.




Conclave

                              A criação do conclave, em 1274, deve-se justamente à demora para escolher o sucessor de Clementino IV. Já tinham se passado dois anos e nove meses de deliberações, quando os habitantes de Viterbo, cidade onde os eclesiásticos estavam reunidos, resolveram trancá-los e mantê-los a pão e água para acelerar a decisão. Gregório X regulamentou a prática, que foi submetida a 53 reformas. No início dos anos 70, Paulo VI fixou em 120 o número máximo de cardeais eleitores, cuja idade não pode superar os 80 anos. A regra de eleição por maioria de dois terços, e mudada por João Paulo II para 50% mais um, foi imposta por Alexandre III, em 1180. Este mesmo pontífice criou o Sacro Colégio dos Cardeais, cujo número mudou de dez para 20 no curso de três séculos. Em 1585, Sisto V aumentou o número para 70,
em honra aos 70 anciões que assistiram Moisés. O número foi modificado outra vez séculos depois, por João XXIII.


Nomes dos Papas

                              Ao deixar seu nome de batismo, para chamar-se João Paulo II, Karol Wojtyla relançou um antigo hábito iniciado por Gregório V em 996 e seguido por 131 de seus 133 sucessores. Antes do século X, somente seis papas mudaram o próprio nome por diferentes motivos, como João II (532). Depois de Simão da Galiléia, nenhum papa adotou o nome de Pedro. Paulo XIV (983), que foi batizado assim, não quis quebrar o que muitos consideravam um tabu. O nome mais empregado é João (23 vezes), seguido por Gregório (16), Bento (15), Clementino (14), Leão e Inocêncio (13) e Pio (12). Dos 262 papas, 210 nasceram na Itália, 99 deles em Roma. Dos 52 restantes,
16 franceses (segundo as fronteiras atuais), 12 do antigo mundo grego, seis da Síria e três da Palestina, cinco da atual Alemanha, três da Espanha e a mesma quantidade
da África e um da Inglaterra, Portugal, Holanda e Polônia.



O termo "Pontífice"

                              Esse termo provém do vocábulo pontifex – “construtor de pontes”, título sacerdotal usado nos ritos pagãos da Roma antiga, designando aquele que, por seu ofício de sacerdote, formava o elo ou ponte entre a vida na Terra e no Além. A forma pontifex maximus (sumo pontífice) era uma das expressões do culto divino dirigido ao imperador romano, e apenas a este. Unicamente o imperador era o pontifex maximus. Essa denominação foi surrupiada pelo papado pouco depois do seu início, na gestão de Leão I, chefe da Igreja entre os anos 440 e 461. Foi ele quem deu início à concorrida linhagem de césares papais ao tomar para si o título de “sumo pontífice”, encantado com a magnificência do rótulo.
                              O costume de manter arquivos papais deriva da prática imperial romana, e o transporte do papa no alto, na chamada sedia gestatoria, é igualmente um meio de transporte oriundo da Roma antiga. Mesmo o Código de Direito Canônico foi inspirado no Direito Romano.


A Terminologia "Papa"

                              O termo “papa” é formado pela junção das primeiras sílabas de duas palavra latinas: pater patrum – “pai dos pais”.


Falando de papas sem papas na língua.


                              O poder dos papas na Idade Média alcançou uma magnitude dificilmente avaliável nos dias de hoje. Basta lembrar que o papa Bonifácio VIII, em seu curto reinado de 1294 a 1303, sentiu-se muito à vontade para emitir uma bula liberando os clérigos de impostos, e uma outra onde declarava que o poder espiritual e temporal dos papas era superior ao dos reis... O poeta Dante visitou Roma durante o seu reinado e parece não ter comungado dessa opinião, pois logo depois descreveu o Vaticano como “esgoto da corrupção”.

                              No século XIII, o pontífice romano dispunha de mais vassalos feudais do que qualquer outro suserano, e a lei canônica era aplicada indistintamente a todos os países cristãos do continente europeu. Qualquer súdito suspeito de heresia era taxado por Roma não apenas de inimigo da fé, mas de “inimigo da sociedade”! O poder do papa era tão imenso nesse período, que acabou dando origem ao chamado “Grande Cisma”, o qual manteve a Igreja dividida entre os anos de 1378 a 1417. O que aconteceu foi que o papa eleito em 1378, Urbano VI, se opôs aos cardeais não italianos, que, devido a isso, resolveram eleger por conta própria um outro papa, Clemente VII, suíço de nascimento. Urbano VI era apoiado pela Inglaterra, Polônia, Dinamarca e Suécia, enquanto que Clemente VII contava com o apoio da França, Escócia e países ibéricos. A sede de Urbano VI era Roma, a de Clemente VII a cidade de Avignon, na França. Nessa época, todo europeu encontrava-se excomungado por um papa ou pelo outro caso não se submetessem, e cada lado acusava o outro de ser o Anticristo. Com o propósito de resolver o impasse, visto ter fracassada uma singela tentativa de solução pelas armas, o Concílio de Pisa, com apoio da Universidade de Paris, elegeu o papa Alexandre V em 1409, que não pôde resolver o caso porque inoportunamente morreu logo em seguida, tendo sido substituído pelo primeiro João XXIII. Embora declarados ilegítimos pelo Concílio, os dois papas anteriores, o de Roma e o de Avignon, mantiveram-se firmes em seus postos, de modo que a Igreja passou a contar nessa época com três Vigários de Cristo a zelar pela doutrina, cada qual se esmerando em anátemas e excomunhões. O conflito só serenou quando o Concílio de Constança (1415 – 1418) se reuniu e depôs os três papas briguentos, elegendo um quarto, Martinho V, daí novamente o único pontífice universal, reconhecido por todos, e com isso a pax romana retornou ao seio da Igreja de Roma.


(Informações e texto de Roberto C.P. Júnior)




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Um comentário:

Mizi disse...

Bom, pessoal... alguns podem achar estranho um texto que fale sobre a História dos Papas, e não da Igreja Católica... Bom, primeiro porque não acho que necessariamente a Igreja Católica comporte apenas o papado, mas sim todos aqueles que acreditam de verdade na Universalidade da salvação em Cristo. Quem acredita nessa religão é Católico.

Segundo, eu coloquei esse texto porque, além de ter bastante informação, também traz uma leve crítica ao fenômeno da ascensão ao Poder... Como podemos ver, de 264 papas, apenas 87 foram reconhecidos SANTOS. O correto deveria ser que TODOS os papas tivessem sido santos. Mas como podemos ver, alguns papas foram bem brigões, alguns deixaram o poder subir à cabeça e corromper a alma, e alguns foram considerados até mesmo "anticristos". Bom, mas pelo menos podemos constatar a veracidade da sucessão apostólica historiacamente falando, e ver que apesar dos pesares o Papado também teve uma história de luz e graças... Acho que tudo dependeu do momento histórico. A história da humanidade, em si, já envolve muitas disputas e guerras pelo poder, porque até hoje o ser humano nao sabe o que significa ter poder...

PODER não é "mandar", mas sim "servir". É essa a mensagem do evangelho, passada por Cristo a Pedro. Era esse o primado do papado... Foram assim que os primeiros papas viveram...

Bom, algumas pessoas não acreditam na autenticidade dos documentos históricos e contestam as informações... Eu tb não posso atestar nada, pois já vi de tudo neste mundo... o que eu sei é que o início da sucessão com os primeiros papas é verdade porque está na Bíblia. E que os dois últimos também, pois são contemporâneos e pude testemunhar seu pontificado. E que pontificado. Se muitas pessoas achavam que o papado ia de mal a pior, João Paulo II veio para reverter a história e mostrar que santidade é desejar a paz mundial e a irmandade entre os homens. Finalmente um homem santo, apesar de ainda não ter sido canonicamente reconhecido como tal. A voz do povo clamou "santo súbito"...

Bom... é só uma pequena parcela de História da humanidade... muita coisa ainda está por vir... e o que desejo é a santidade da humanidade. Espero que os próximos papados reflitam isso. A publicação da nova encíclica feita por Bento XVI, "caritas in veritate" (O Amor na Verdade), parece continuar o trabalho da doutrina social proposta pelo nosso querido João Paulo II.